No
planejamento mensal do mês de outubro realizamos o Seminário “A criança fala”,
no qual envolvemos todos os servidores da Instituição. Esse teve como objetivo
complementar a ação realizada pela professora Alessandra, no que se refere ao
papel do educador no projeto de trabalho. Por essa razão achei fundamental a
participação de todo efetivo de funcionários tendo em vista, que todos
necessitam observar, ouvir e compreender as crianças atendidas na Instituição.
Assim,
foi distribuído a todos os servidores o texto “Espaços de narrativa: onde o eu
e outro marcam encontro” de Maria Isabel Leite, retirado do livro “A criança
fala: a escuta de crianças em pesquisas” organizado por Silva Helena Vieira
Cruz. Este foi entregue com antecedência para fazerem a leitura prévia antes da
realização do seminário.
No
dia do seminário, as servidoras foram divididas em cinco grupos e tiveram um
tempo para discussão do texto e depois socializaram para o coletivo as
aprendizagens que construíram juntas. Propus aos grupos que procurassem
responder a questão mediadora: - Qual o papel das educadoras no projeto de
trabalho? Tendo em vista que todos servidores da Instituição são educadores.
Desta
forma, o texto e as falas das educadoras focaram no papel de observador
sistemático que o educador tem, no papel de ouvinte experiente e ainda no papel
de compreender essa criança pequena.
Foi
um momento muito rico de troca de experiências e informações. Depois pedi que
algumas servidoras registrassem para mim o que acharam do Seminário. Desta
forma, uma professora regente registrou: - o assunto abordado no seminário foi
pertinente, nos levou a reflexão sobre a importância de ouvir e considerar a
opinião da criança em vários contextos. Uma auxiliar de atividades educativas
disse: - O seminário foi bem interessante e formativo aos profissionais já que
o tema “a criança fala” abordou bem o nosso cotidiano em que temos que ter uma
escuta voltada para a criança uma vez que ela é a protagonista.
Questionei
também a uma auxiliar administrativa (merendeira) o que ela achou do seminário,
a mesma disse: - o seminário foi bom para a gente nos colocar no lugar das
crianças, para gente nos lembrar como a gente queria ser tratado quando éramos
crianças. Perceber que a gente tem que tratar as crianças como a gente gostaria
de ser tratados. E pensar assim: “se eu fosse criança como eu queria que a
pessoa falasse comigo?”. As crianças têm suas limitações, elas sentem mas não
sabem demonstrar, não conseguem se expressar em determinados momentos. Então a
gente tem que lembrar que quando era pequeno também não dava conta de falar, de
expressar o que queria, só sentia. Então foi bom para gente lembrar dessas
coisas. Foi para a gente se colocar no lugar das crianças.